As mulheres já são maioria nos cursos técnicos de nível médio. De acordo com dados do Censo da Educação Básica 2013 (o mais recente disponível), elas representam 53,1% do total de alunos dos cursos de formação profissional realizados em conjunto ou depois do ensino médio.
Além disso, de 2009 a 2013, houve aumento de 60% no número de matrículas realizadas por mulheres. Nesse mesmo período, a expansão entre os homens foi menor, de 50%. A análise, elaborada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), mostram que os aumentos mais expressivos foram registrados em cursos ligados à atividade industrial, que formam para profissões tipicamente ocupadas por homens.
O curso de Segurança no Trabalho foi o que registrou o maior aumento de matrículas de mulheres no período: foram 118% a mais entre 2009 e 2013. Em seguida, estão os cursos da área de Infraestrutura, com ampliação de 106% e de Produção Alimentícia (83%). Nesses cursos, os estudantes desenvolvem competências como conhecimentos de engenharia e tecnologias, computadores e eletrônica, matemática, raciocínio analítico e capacidade de percepção de problemas.
Apesar dos dados positivos sobre o aumento do acesso das mulheres à educação profissional, ainda é preciso alterar a lógica do mercado de trabalho, que ainda reserva a elas os piores salários. Na média nacional de todos os setores da economia, as mulheres recebem 21% menos que os homens contratados formalmente em ocupações semelhantes segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2013.
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