Nos últimos anos, a oferta de cursos técnicos aumentou no país, isso porque o PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), criado pelo governo federal em 2011, adiciona vagas gratuitas aos cursos de formação inicial e continuada e ao ensino técnico de nível médio. Se antes as reclamações eram por falta de vagas, isso não é um problema atualmente.
Entretanto, ainda existem algumas dificuldades e uma delas é o desafio em atrair jovens. Isso porque no Brasil, o modelo de educação vigente ainda é muito focado em levar alunos às universidades e, segundo especialistas, esse paradigma precisa ser quebrado. De acordo com o Censo de Educação Superior do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), dos 24 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 anos, menos de 15% chegam às universidades, o que significa que apenas 3,4 milhões partem para a graduação, ou seja, os outros 20 milhões precisam buscar novos caminhos.
No entanto, segundo Censo da Educação 2013, apenas 7,8% dos brasileiros optam pela educação profissional. Enquanto em outros países, a situação é bem diferente, na Austrália, são 76,8% os que optam pelo ensino técnico, na Finlândia 69,7% e na Alemanha 51,5% (dados do CEDEFOP – European Centre for the Development of Vocational Training).
Para melhorar este índice no Brasil é preciso que os jovens tomem conhecimento das inúmeras oportunidades e da alta empregabilidade que os cursos técnicos são capazes de oferecer. Segundo levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), mais de 70% dos ex-alunos de cursos técnicos de nível médio conseguem emprego no primeiro ano depois do curso. Além disso, um ano após obterem o diploma, os profissionais de nível técnico conseguem aumentar sua renda em 24%.
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